Peitoral (Ginecomastia)

O que é ginecomastia

Ginecomastia é o aumento benigno das mamas nos homens, existem duas causas para esse crescimento:

- O acúmulo de gordura nas mamas, consequência do ganho de peso, é também chamado de lipomastia ou pseudoginecomastia;

- O aumento da glândula mamária, chamado de ginecomastia.

Neste caso, as causas podem estar relacionadas a desequilíbrios hormonais causados por medicação, como a espironolactona (usada no tratamento da hipertensão arterial) e os benzodiazepínicos (remédios psicoativos), problemas no fígado e na tireoide. Drogas como maconha e heroína também podem causar o aumento mamário. 

Há ainda indivíduos que possuem as duas alterações.

Nos três casos é possível realizar o tratamento cirúrgico, no entanto, meninos que estão atravessando a puberdade devem aguardar pelo menos até os 18 anos. Esperar esse tempo garante que o paciente não tenha que se submeter a outro procedimento cirúrgico mais tarde.

Há também a necessidade que o paciente passe pelo endocrinologista antes de optar pela operação, pois é preciso tratar também as causas do aumento das mamas.

A ginecomastia e a lipomastia não causam prejuízo imediato à saúde do homem. No entanto,  caso o paciente se sinta constrangido e evite contato social, prejudicando o emocional, é certo dizer que sua saúde está comprometida.

O que é a cirurgia de ginecomastia?

Em casos de lipomastia, a recomendação é de uma lipoaspiração comum.

No caso do aumento do tecido glandular é necessário fazer a remoção de toda a glândula mamária. Caso o cirurgião deixe algum resquício desse tecido, a glândula voltará a crescer.

A incisão dependerá da quantidade de tecido a ser removido, mamas maiores precisarão também de uma remoção maior de pele, o que pode deixar cicatrizes maiores. Em geral, é feito um corte em formato de meia lua ao redor do mamilo, com a abertura virada para cima.

Ambas as cirurgias são feitas com anestesia local e sedação, com alta no mesmo dia e retorno ao trabalho em três dias. Em casos mais raros é usada a cirurgia geral, neste caso, o tempo de internação deve ser maior (ao menos 24 horas).

Indicações da cirurgia de ginecomastia

A cirurgia de ginecomastia está indicada para homens acima dos 18 anos que não obtiveram a resposta esperada com o tratamento clínico e/ou apresentam desconforto psíquico em função da ginecomastia.

Tempo de cirurgia

Tanto a lipomastia, quanto a ginecomastia, duram em torno de uma hora. Se houver as duas, a cirurgia dura em torno de 1,5 horas.

Cuidados pré-operatórios

O paciente deve fazer jejum por oito horas antes da cirurgia e não tomar medicamentos que interfiram na coagulação, como o ácido acetilsalicílico, por exemplo. Será necessária a tricotomia - retirada dos pelos entre o pescoço e o umbigo e os pelos das axilas. Se o homem preferir, pode realizar esse procedimento em casa, antes da cirurgia.

Recuperação após a cirurgia

O paciente pode receber alta no mesmo dia, seis horas após o final da cirurgia. É necessário o uso de drenos com incisão no local da cirurgia por três dias, em média.

Após a cirurgia de ginecomastia são necessárias, em média, duas semanas para voltara a movimentação normal. O paciente também deverá usar um colete elástico no período pós-operatório, por cerca de 30 a 45 dias, com o objetivo de melhorar a aderência da pele ao tórax. O colete deve ser retirado apenas para o banho, que deve ser feito um dia após a cirurgia. Os exercícios físicos devem ser retomados em 30 dias, após a retirada do colete cirúrgico. O tabagismo deve ser evitado por, pelo menos, 15 dias após a cirurgia. O cigarro prejudica a cicatrização dos tecidos operados.

O cirurgião plástico também deve prescrever um antibiótico com o objetivo de evitar infecções e medicação analgésica e anti-inflamatória, principalmente se for realizada a lipoaspiração, cirurgia que costuma ter pós-operatório mais doloroso.

Riscos da cirurgia de ginecomastia

Os riscos da cirurgia de ginecomastia são a formação de hematomas (que o uso de colete elástico ajuda a evitar), equimoses (manchas arroxeadas), abertura da incisão (a ferida operatória, antes de se tornar cicatriz), infecção, necrose da pele e cicatrizes inestéticas. Queloides podem acontecer, mas são raros.